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LiveBC celebra os quatro anos do Pix

LiveBC celebra os quatro anos do Pix

Em apenas quatro anos de existência, o Pix se tornou um dos principais meios de pagamento do país. Hoje, é difícil encontrar quem ainda não usou o serviço criado pelo Banco Central (BC). Para celebrar esses feitos e comentar sobre as novidades, como o lançamento do Pix Automático, a LiveBC #39 recebeu o Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, Renato Dias de Brito Gomes. Veja alguns dos principais momentos do bate-papo.

Número superlativos
O diretor contou que, desde que foi lançado, em 16 de novembro de 2020, os números do Pix não param de subir. No lançamento, houve 1,6 milhão de transações. Quatro anos depois, já eram 227 milhões de transações em um único dia. A média é de 187 milhões de operações por dia, aproximadamente uma por habitante. Para Gomes, o Pix não só é popular como também se tornou uma ferramenta indispensável.

De acordo com Gomes, 48% dessas transações ocorrem entre pessoas, enquanto  40% correspondem a pagamentos de uma pessoa para uma empresa. Entre  várias iniciativas de pagamento instantâneo implementadas por outros países, nenhuma teve adoção tão vertiginosa como o Pix, pontuou o diretor.

Inclusão financeira
Para Gomes, o Pix é um meio de pagamento bastante inclusivo. 

"Impressiona o uso por pequenos comerciantes, que antes tinham dificuldade em ofertar um meio de pagamento digital. Isso gerou eficiência e permitiu novos modelos de negócios. Também incluiu muitas pessoas que moram em regiões remotas, trouxe-as para o sistema financeiro", disse Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC.

Ele citou dados da última edição do Relatório de Economia Bancária (REB) que tratam da inclusão proporcionada pelo Pix. O número de usuários ativos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) cresceu 103% entre 2018 e 2023; em 2018, havia 77 milhões de pessoas físicas ativas no SFN, hoje são 152 milhões, quase o dobro; o número de pessoas jurídicas passou de 3,5 milhões para 11,6 milhões no mesmo período.

O diretor disse que a inclusão ocorreu principalmente nos grandes bancos, em que o número de usuários ativos cresceu cerca de 80%. Houve também crescimento entre as fintechs, com o número de usuários ativos aumentando dezena de vezes. 

Meios de pagamento
Em quatro anos, o Pix transformou o mercado de meios de pagamento. No segundo trimestre de 2024, o sistema de pagamento representava 45% das transações financeiras digitais. No mesmo período de 2021, esse percentual era de 13%.

O Pix aposentou o Documento de Crédito (DOC), que não é mais oferecido desde março deste ano. A Transferência Eletrônica Disponível (TED) viu seu volume cair de 1,3 bilhão de transações em 2021 para menos de 900 mil em 2023. E o cartão de débito caiu de 21% no segundo trimestre de 2021 para 13% no mesmo período em 2024.

Concentração bancária
Os chamados bancos digitais tiveram um impulso com o Pix. Hoje, eles provêm cerca de 2,5% do crédito no país. Para o diretor do BC, o mais importante foi o impacto na concorrência.

Gomes citou a importância do impacto de infraestruturas públicas desenvolvidas pelo BC – além do Pix, temos o Open Finance e o Drex – como formas de diminuição da concentração bancária, de promoção da competição e de inclusão financeira da população.

Pix Automático
O diretor informou que o Pix Automático será lançado em 16 de junho de 2025. A ideia é que pagamentos recorrentes, como conta de luz, sejam automatizados de forma simples, sem burocracia e sem custos.

Hoje, para receber débito automático, é preciso convênio entre as empresas que vão receber o dinheiro e um banco que oferta o serviço. Para o Pix Automático, não será preciso nenhum convênio – as mais de 800 instituições participantes do ecossistema poderão oferecê-lo. 

Pix por aproximação 
O Pix por aproximação é equivalente à aproximação sem contato que atualmente é feita com os cartões de crédito e de débito. No curto prazo, ele será ofertado de maneira parcial por alguns poucos atores e estará realmente disseminado a partir de fevereiro de 2025. Para Gomes, vai ser um instrumento muito cômodo e trazer mais competição para os pagamentos de varejo.

Segurança e futuro do Pix
O diretor afirmou ainda que o BC está desenvolvendo a segunda versão do Mecanismo Especial de Devolução (MED), prevista para o 1º trimestre de 2026, que vai permitir que as instituições financeiras rastreiem o dinheiro usado em operações via Pix com mais eficiência.

Gomes também destacou a medida que exige o cadastro de dispositivos ainda não utilizados para realização de transações via Pix, que entrou em vigor no último dia 1º de novembro, bem como a obrigatoriedade de as instituições participantes do Pix consultarem a base de dados (DCIT) para checar se envolvidos em determinada transação têm alguma informação sobre fraude. Além disso, mencionou que, a partir de 2025, só instituições autorizadas e supervisionadas pelo BC poderão participar do Pix.

O BC também tem participado de fóruns internacionais para avaliar a conexão do Pix com outros sistemas de pagamentos instantâneos e viabilizar pagamentos transfronteiriços. 

Saiba mais sobre o Pix aqui. Veja, ou reveja, a LiveBC #39 aqui​.

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Fonte

Recomendado:
O Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep) do Banco Central…
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